"O Mundo é Minha Paróquia" (John Wesley)


Deus Quer Ajudá-lo - Billy Graham

30/10/2012 14:22

Recentemente, a ciência inventou uma máquina notável, o explorador corporal, que pode detectar no corpo disfunções que escapam até dos raios X. Às vezes, temos feridas que são profundas e sensíveis demais para os outros enxergarem ou ajudarem.

Porém, quem, exceto o próprio Deus, pode explorar o meu eu invisível – meu coração, minha alma, meu espírito? Há feridas em nossas personalidades que são profundas e complicadas demais até para as técnicas modernas mais sofisticadas diagnosticarem ou solucionarem.

Somente o próprio Deus, que nos criou, pode nos compreender inteiramente. Como disse o salmista: "Jeová, tu me sondas e conheces; tu conheces o meu sentar e o meu levantar, de longe entendes o meu pensamento." (Salmos 139:1,2) Somente Deus pode diagnosticar com precisão o nosso problema, e Ele nos mostrará como resolvê-lo. E quando não houver solução, Ele nos dará a graça de viver com o problema. Somente Deus pode responder à nossa pergunta: "Por quê?" E, se não houver resposta, dar-nos a Sua paz e a graça de viver com "o que não tem resposta."

Deus quer nos ajudar quando sofremos. Ele pode dar a Sua presença para o consolo, o Seu poder para a resistência ao sofrimento, o Seu propósito para podermos discernir a nossa situação. E Ele pode produzir dentro de nós qualidades valiosas, que reforçarão e moldarão nossas vidas.

Deus pode nos ajudar porque somente Ele sabe por que estamos sofrendo e aonde o sofrimento pode nos levar.

Ele também pode nos ajudar porque Ele sabe o que significa sofrer. Quando atravessamos épocas difíceis e nos voltamos para alguém em busca de conselho e conforto, procuramos quem possa entender – alguém que já tenha passado por uma situação semelhante e possa sintonizar com nossos sentimentos.

Deus pode nos entender porque sofreu na pessoa de Seu filho.

O Filho de Deus deixou os reinos dos céus, tornou-se homem e viveu 33 anos num mundo de sofrimento. Pregou para os sofredores. Enfrentou todo o tipo de problemas físicos, mentais, emocionais, psicológicos e espirituais – e demonstrou a Sua capacidade de lidar com cada um deles. O seu problema não é novo para o Senhor Jesus Cristo. Ele não fica nem surpreso nem desconcertado com ele.

Jesus não apenas viu os sofrimentos dos outros – Ele próprio sofreu. Experimentou as mesmas provações e tentações que você enfrenta.

Conheceu o sofrimento físico. Às vezes, sentia que seu sacerdócio era fisicamente exaustivo e precisava buscar um alívio. Quanto a conhecer a intensa dor física, suportou uma tortura cruel e uma morte dolorosa: flagelação e crucificação. Conheceu o sofrimento mental, emocional e psicológico. Muitas vezes, experimentou a rejeição pessoal. Seus irmãos zombavam dEle e de Seu ministério. Quando pregou na Sua cidade natal, as pessoas correram com Ele da aldeia e até tentaram matá-lo. Os líderes religiosos da Sua própria nação acabaram por planejar a Sua morte.

E Jesus experimentou a solidão. Às vezes, até os Seus apóstolos O entendiam mal. Quem podia se relacionar integralmente numa amizade com alguém que era, a um só tempo, Deus e homem? Após um longo dia de trabalho exaustivo, Jesus não tinha esposa e família para quem Se voltar e encontrar consolo e encorajamento.

E imaginem o trauma de deixar o ambiente do céu, onde era reconhecido e reverenciado como Filho de Deus por milhares de anjos, e vir para uma terra marcada por pecados onde foi recebido com desprezo e desdém.

Jesus conheceu o sofrimento espiritual. No começo de Seu ministério público, Satanás O tentou impiedosamente por quarenta dias. E Satanás sempre retornou, ao longo do sacerdócio de Jesus, para tentar derrotar o Filho de Deus e desviá-lo de Sua missão. Jesus o enfrentou e venceu a batalha.

E Jesus experimentou um sofrimento espiritual mais intenso do que você ou eu jamais experimentaremos. Durante um certo tempo, enquanto estava na cruz, sentiu o horror da separação de Deus e gritou: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?" Para Jesus, esta foi a maior agonia de todas. Ser abandonado pelo Pai que O amava – ver o Pai dar as costas ao Filho –, este foi o sofrimento supremo, a penalidade máxima para o pecado. Você e eu, se tivermos recebido Cristo como Salvador, jamais teremos que nos separar de Deus, porque Jesus pagou a penalidade pelo pecado. É por isso que Paulo pode afirmar, com tanta confiança:

"Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as cousas presentes, nem as futuras, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que é em Cristo Jesus nosso Senhor." (Romanos 8:38,39).

Nada jamais nos separará de Deus! Como Jesus, no Seu sofrimento, foi separado de Deus para o nosso bem, agora temos a vida eterna ao confiar nEle como Salvador.

E assim o Filho de Deus pode relacionar-se conosco na hora do nosso sofrimento. Pode relacionar-se com a nossa dor – pode fazer algo por nós. Como expressa com tanta beleza o hino de Thomas Moore:

Vinde, ó desconsoladas, onde quer que languesçais

Vinde ao centro da misericórdia. ajoelhai-vos fervorosamente

Trazei para cá vossos corações feridos, contai aqui a vossa angústia

A terra não tem tristeza que o céu não possa curar.[1]

 

Deus quer nos ajudar. Você pode estar passando por dificuldades, nesse momento. Ou talvez a sua vida esteja atualmente isenta de tragédias. A despeito das circunstâncias momentâneas, é importante preparar-se para o sofrimento. O sofrimento raramente faz reservas antecipadas.

Este livro irá explorar as maneiras pelas quais você pode se preparar para os seus armagedons pessoais, pela compreensão das doutrinas bíblicas sobre o sofrimento.

Ora, se você é alguém que encara um relacionamento pessoal com Deus como um conceito novo, se desconhece a realidade do Deus vivo residindo dentro da sua vida, se jamais confessou seus pecados e recebeu Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, eu quero, pessoalmente, convidá-lo a fazer isso agora.

Este é o primeiro passo para obter a ajuda de Deus. Ele quer curá-lo por dentro. Ele quer curar primeiro o seu problema mais profundo – o problema do pecado pessoal.

Confesse o seu pecado, receba Jesus como seu Salvador e então comece uma nova vida com ele. Você encontrará a paz de Deus no seu coração, a orientação dEle na sua vida e o conforto da presença dEle ao longo de seus sofrimentos – ao longo de seu Armagedom pessoal, seja qual for a forma que ele tome.


[1] Grifo suprido pelo autor.

 

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